Ao longo dos séculos, as mulheres na literatura desempenharam um papel fundamental na construção de narrativas poderosas. De escritoras pioneiras que abriram caminho em um cenário predominantemente masculino a autoras contemporâneas que continuam a transformar o mundo das letras, a presença feminina na literatura é rica, diversa e indispensável.
Usando suas palavras como ferramentas, elas conseguem motivar gerações, sendo verdadeiras referências de superação e resistência. Além de criarem lindas histórias de diferentes assuntos.
Esse conteúdo é para você que pensa em ser escritora ou apenas precisa se inspirar. Conheça 8 autoras de sucesso!
Qual a importância das mulheres na literatura?
A literatura criada por mulheres é essencial para a diversidade nas narrativas, trazendo perspectivas únicas sobre as vivências femininas ao longo da história.
De modo geral, desde 1790 com Mary Shelly, elas desafiam normas sociais e questionam estruturas de poder, por meio das suas obras. Assim, essas escritoras promovem reflexões sobre realidades de gênero, identidade e resistência.
8 mulheres que se destacaram na literatura
Ao dar voz às suas vivências e lutas, por meio de textos fictícios ou relatos reais, muitas autoras se destacaram ao longo da história da sociedade. A seguir, conheça 8 escritoras inspiradoras, que deixaram uma marca indelével no mundo literário.
1. Mary Shelley (1797-1851)
Conhecida por ser a autora de Frankenstein, um clássico da literatura gótica, Mary Shelley foi uma escritora britânica, famosa na área da ficção científica. Sua obra Frankenstein foi publicada em 1818, quando Mary tinha apenas 20 anos.
Por meio da ficção, a autora abordou temas inovadores como a criação artificial da vida. Mas, também explorou questões profundas sobre ética, ambição humana e a responsabilidade moral.
2. Jane Austen (1775-1817)
Também britânica, Jane Austen foi uma escritora cujas obras se tornaram clássicos atemporais. Ela se destacou por suas narrativas inteligentes e satíricas, que exploram a posição das mulheres na sociedade inglesa do século XIX.
Seus romances, como Orgulho e Preconceito, Razão e Sensibilidade e Emma, apresentam protagonistas femininas fortes e independentes. Pois, essa foi a maneira que Jane encontrou de desafiar as normas sexistas de sua época.
3. Emily Brontë (1818-1848)
Outro grande clássico da literatura britânica, é O Morro dos Ventos Uivantes, publicado em 1847, por Emily Brontë. Notada por ser uma excelente poetisa, Emily cria uma atmosfera sombria e intensa em suas obras, retratando paixões avassaladoras.
Bem como aborda temas como conflitos morais, além de usar a força e elementos da natureza como simbologias. Uma curiosidade sobre a autora é que ela tinha mais 2 irmãs que também eram escritoras e, assim como ela, desafiavam as convenções literárias da época.
4. Charlotte Brontë (1816-1855)
Usando o pseudônimo masculino Currer Bell, Charlotte Brontë, irmã de Emily Brontë, ficou amplamente conhecida por seu romance Jane Eyre. O livro foi publicado em 1847, e inovou ao trazer uma protagonista feminina forte e independente.
Diferente de Emily, Charlotte apostou em um romance menos sombrio, com questões sobre identidade, moralidade e a posição da mulher na sociedade vitoriana.
5. Agatha Christie (1890-1976)
Sendo uma das autoras mais vendidas de todos os tempos, Agatha Christie foi uma escritora britânica conhecida como a Rainha do Crime. Isso porque, ela escreveu 66 romances policiais, como O Assassinato no Expresso do Oriente, além de contos e peças de teatro.
As suas histórias são marcadas por tramas engenhosas, reviravoltas surpreendentes e mistérios que desafiam a lógica dos leitores. Por meio dos seus livros, Agatha consolidou personagens icônicos, como o detetive Hercule Poirot.
6. Clarice Lispector (1920-1977)
Nossa lista de mulheres na literatura também tem uma brasileira! Clarice Lispector se destacou no país por sua escrita introspectiva e profundamente sensível. Entre as suas obras mais conhecidas, está o romance Laços de Família.
Embora ela tenha nascido na Ucrânia, se mudou para o Brasil ainda criança e, ao longo de sua vida, revolucionou a literatura local com sua visão única da existência humana. Além de explorar as emoções e a subjetividade da visa, despertando reflexões filosóficas.
Alguns autores falam que Clarisse trouxe uma nova profundidade à literatura brasileira, transformando sentimentos e experiências humanas em palavras.
7. Alice Walker (1944 – presente)
Alice Walker é uma escritora, poeta e ativista norte-americana, que ganhou notoriedade com seu livro A Cor Púrpura, publicado em 1982. A obra lhe rendeu o Prêmio Pulitzer e o National Book Award.
Natural da Geórgia, ela cresceu em um ambiente marcado pela segregação racial, o que influenciou profundamente sua escrita. Diante disso, suas obras abordam temas como racismo, machismo, identidade e a resiliência das mulheres negras.
8. J.K. Rowling (1965 – presente)
A saga Harry Potter transformou a vida da escritora britânica J.K. Rowling, que passou por dificuldades financeiras antes de alcançar o sucesso. Atualmente, Harry Potter é uma das séries literárias mais vendidas e influentes da história.
J.K. Rowling escreveu o primeiro livro da saga em cafés, enquanto criava sua filha sozinha. Com a publicação de Harry Potter e a Pedra Filosofal em 1997, sua carreira decolou, impulsionada pela sua perseverança e criatividade incomum.
O futuro das mulheres na literatura: avanços e desafios
O futuro das mulheres na literatura é bastante promissor. Visto que atualmente, as escritoras têm conquistado cada vez mais espaço, recebendo reconhecimento e ampliando sua influência em diferentes gêneros e formatos.
No entanto, ainda há barreiras a serem superadas, como a subvalorização de obras femininas no mercado editorial e a menor representatividade em prêmios literários. Além da desigualdade na publicação e distribuição de livros.Mas, em comparação com a Jane Austen em 1975, o mercado melhorou bastante, tornando-se bem mais inclusivo. Acompanhe o blog da UNAMA e tenha acesso a mais artigos relevantes!